Oração feita por São Focas ao nosso Senhor

A vós é confiado o mistério do Reino de Deus (Evangelho do dia 29/01/2014)

Outra vez, à beira-mar, Jesus começou a ensinar, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor. [...] Ele se pôs a ensinar-lhes muitas coisas em parábolas. No seu ensinamento, dizia-lhes: “Escutai! O semeador saiu a semear. [...]”. E acrescentou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” Quando ficaram a sós, os que estavam com ele junto com os Doze faziam perguntas sobre as parábolas. Ele dizia-lhes: “A vós é confiado o mistério do Reino de Deus. Mas para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se convertem, nem são perdoados”. [...]. (Mc 4,1-20)


A Palavra acolhida gera vida novaNosso texto pode ser dividido em duas partes: a parábola (vv. 1-9) e a explicação ou alegoria da parábola (vv. 10-20). É provável que a redação da alegoria da parábola tenha sido escrita num período distinto daquele em que a parábola foi dita. Muito embora não tenhamos acesso ao contexto original em que a parábola foi pronunciada, podemos conjeturar que tipo de questão pode ter dado origem à parábola do semeador: Por que a Palavra de Deus é semeada no coração de uns e não de outros? Por que ela produz frutos em uns e não em outros? Deus faz distinção de pessoas? Deus não faz acepção de pessoas. A semente é semeada em toda a extensão do terreno. Sua Palavra é oferecida e semeada no coração de todo ser humano indistintamente. O modo com que a Palavra de Deus é acolhida e o espaço que ela encontra no coração e na vida de cada um é que permite ou não que ela produza os frutos próprios de seu dinamismo, pois assim como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem terem regado a terra, assim a Palavra que sai da boca de Deus e que cai no coração do ser humano (cf. Is 55,10-11).

OREMOS!
Pai, que eu jamais me canse de proclamar a tua Palavra, mesmo com o risco de ver meu esforço fracassar. Que eu esteja bem consciente de que o Reino te pertence.

São Pedro Nolasco (Santo do dia 28/01/2014)

Pedro Nolasco viveu  de 1189-1256. Com São Raymond de Peñafort ele  fundou a Ordem dos Mercedarianos, uma comunidade religiosa que enviava resgate para os cristãos prisioneiros nas mãos dos sarracenos e mouros. Detalhes de sua vida são incertos mas ele provavelmente é natural de Languedoc, França. Após tomar parte nas cruzadas contra os hereges Albigensianos no sul da França, ele tornou-se o tutor do Rei James I de Aragon (1213-1276) e radicou-se em Barcelona.
Diz a tradição que em e resposta a uma visão (também experimentada por São Raymond de Peñhafort  e pelo Rei James) Pedro decidiu  fundar uma congregação religiosa dedicada a resgatar escravos cristãos dos mouros.
A visão foi  de Nossa Senhora das Mercês e disse-lhe: - "Deus quer que estabeleça uma Congregação Religiosa para o resgate dos cativos". Pedro não era um homem crédulo e por isso consultou o seu confessor São Raimundo de Penaforte, um dos mais notáveis teólogos de sua época. Qual não foi a surpresa de Pedro Nolasco ao saber que o Santo Doutor tivera o mesmo sonho e recebera ordem de animar os seus desígnios. Foram os dois pedir o apoio de D. Jaime I de Aragão e ficaram assombrados quando o piedoso monarca lhes anunciou que tivera o mesmo sonho e recebera a mesma ordem.
Daí tornou-se amigo de São Raymond de  Peñhafort e em 1218 com o apoio de James I, eles fundaram a Ordem dos Mercedários (em homenagem a Nossa Senhora das Mêrces). passaram a enviar membros para tentar resgatar presos cristãos. Com a aprovação da Ordem pelo bispo  Benrengarius de Barcelona e mais tarde pelo Papa Gregório IX em 1235 passaram a enviar membros para tentar resgatar presos cristãos e a angariar jóias, ouro e moedas para trocarem pelos presos e devotos para trocarem pelos escravos.
Alem dos três votos necessários a um religioso, os “mercedários” tinham ainda o quarto voto que era o de se trocar por um outro escravo preso, se fosse o caso. A não ser isto, as regras eram as mesmas da Ordem de Santo Agostinho.
 Pedro ficou preso por uns tempos na Argélia para servir como cativo no lugar de outro cristão e é notório que durante a sua jornada  para Granada e Valência  ele  conseguiu  libertar das prisões  mouras cerca de 400 cristãos cativos. Aposentado-se em 1249 devido a sua saúde ele foi substituído como Prior da Ordem por William de Bars. Ele foi canonizado em 1628 pelo Papa Urbano VIII. Diz ainda a tradição que ele teria tido uma visão de São Pedro, o apóstolo crucificado de cabeça para baixo.
Na arte litúrgica São Pedro de Nolasco é apresentado como um velho homem com o habito branco de Mercedário, com as armas de Aragon no peito, segurando um sino com a imagem da Virgem 2) com o rei vendo um grande sino com  a imagem da virgem 3)com a virgem dando a ele o escapulário 4) segurando uma corrente com vários escravos 5)  com a visão do céu  dado a ele por um anjo 6) tendo a visão de  São Pedro crucificado de cabeça para baixo.
Sua festa é celebrada no dia 28 de janeiro. 

Minha família é a que faz a Vontade de Deus (Evangelho do dia 28/01/2014)

Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: "Tua mãe e teusirmãos e irmãs estão lá fora e te procuram". Ele respondeu: "Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?" E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: "Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (Mc 3,31-35)


A comunidade de Jeus é caracterizada pela adesão à sua pessoa
A vida de Jesus era desconcertante não somente para os opositores de Jesus, mas também para a sua família. O texto do evangelho de hoje precisa do apoio de um outro texto para podermos compreender a razão pela qual a mãe e os parentes de Jesus vão procurá-lo. Em Mc 3,20-21, à notícia de que, por causa do grande fluxo de gente que procurava Jesus, ele e seus discípulos não se alimentavam, sua família vai buscá-lo, pois pensavam que estivesse “fora de si”. Essa é a razão pela qual a família de Jesus manda chamá-lo e permanecem do lado de fora da casa. Ora, para os que estão do lado de fora, parece loucura o que Jesus faz e ensina (cf. Mc 3,20.31). Mas, para os que estão ao redor de Jesus e dentro da casa, o que Jesus ensina e faz, o modo como vive, não somente faz sentido mas dá sentido à vida e faz viver. O episódio é a ocasião para afirmar que tudo na vida de Jesus é expressão e engajamento para a realização da vontade de Deus. O que caracteriza o povo, a família, que se reúne em torno dele é a disposição de fazer a vontade de Deus. Não é mais a descendência do sangue ou a prática da Lei que constitui o povo de Deus, mas a adesão à pessoa de Jesus.

OREMOS!
Pai, ensina-me a pautar minha vida pela fidelidade à tua vontade, para que eu faça parte de tua família, fundada pela ação de Jesus. Amém!

27 de Janeiro - Santa Ângela de Mérici (Santo do dia)

Ângela Mérici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, no norte da Itália. O período histórico era o do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos.

De fato, sua provação começou muito cedo, na infância, quando ficou órfã de pai. Logo em seguida perdeu a mãe e a irmãzinha, com quem se identificava muito. Assim, ela foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Voltou à terra natal. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis. 

Ângela tinha apenas o curso primário e chegou a ser "conselheira" de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho, que consiste em saber ponderar as soluções adequadas para todas as situação da vida. 

Ela também, percebeu que naquele momento histórico, as meninas não tinham quem as educassem e livrassem dos perigos morais, e que as novas teorias levavam as pessoas a querer organizar a vida como se Deus não existisse. Para lutar contra o paganismo, era preciso restaurar a célula familiar. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade.

Ângela acabou se tornando a portadora de uma mensagem inovadora para sua época. Organizou um grupo de vinte e oito moças, para ensinar catecismo em cada bairro e vila da região. As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristãpara as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura. 

Decidiu que era a hora de fazer a comunidade se tornar uma Congregação religiosa.Consta, pela tradição, que antes de ir à Roma para dar início a esse projeto, quis fazer uma peregrinação em Jerusalém. Assim que chegou, ficou cega. Visitou os Lugares Sagrados e os viu com o espírito, não com os olhos. Só recobrou a visão, na volta, quando parou numa pequena cidade onde existia um crucifixo milagroso, foi até ele, rezou e se curou. Anos depois, foi recebida pelo papa Clemente VII, durante o Jubileu de 1525, que deu início ao processo de fundação da Congregação, que ela desejava. 

Ângela a implantou na Bréscia, dez anos depois, quando saiu a aprovação definitiva. E alí, a fundadora morreu aos setenta e cinco anos, em 27 de janeiro de 1540 e foi canonizada, em 1807. Santa Ângela de Mérici, atualmente, recebe as homenagens no dia de sua morte.

Blasfêmia contra o Espírito Santo (Evangelho do dia 27/01/2014)

Os escribas vindos de Jerusalém diziam que ele estava possuído por Beelzebu e expulsava os demônios pelo poder do chefe dos demônios. Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como pode Satanás expulsar Satanás? [...] Em verdade, vos digo: tudo será perdoado às pessoas, tanto os pecados como as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será réu de um ‘pecado eterno’”. Isso, porque diziam: “Ele tem um espírito impuro”. (Mc 3,22-30)

A blasfêmia contra o Espírito Santo é fechamento à graça de Deus. 
A contar pelo contexto literário, os textos anteriores ao nosso nos permitem ter o pano de fundo a partir do qual é feita a acusação pelos escribas oriundos de Jerusalém de que o espírito de Beelzebu é o que movia Jesus. O modo como Jesus interpretava e punha em prática a Lei de Moisés não só gerava crise como fazia desmoronar o sistema de pureza e a prática da Lei pautada por um rigorismo tal que, mais adiante em nosso relato, Jesus dirá ser “tradição humana” (cf. Mc 7,8.13), que deixa de lado o “mandamento de Deus”. Os escribas e com eles os fariseus, entre outros, se sentiam ameaçados em seu modo de praticar a religião. A esclerocardia deles (cf. Mc 3,5) os impedia de questionarem o seu próprio modo de viver a religião. Julgando-se justos por essa prática da Lei, todos os demais para eles estavam equivocados. Daí a crítica intempestiva e contraditória a Jesus. O ouvinte e/ou leitor do evangelho que passou pela notícia do Batismo de Jesus (cf. Mc 1,9-11), sabe que ele é revestido do Espírito Santo. E por isso não pode admitir, a não ser como absurda, a acusação dos escribas. Ninguém podia fazer o bem que Jesus fazia se Deus não estivesse com ele (cf. Jo 9,33). A blasfêmia contra o Espírito Santo é fechamento à graça de Deus. 


OREMOS!
Pai, sou-te infinitamente grato, pois, em Jesus Cristo movido pelo Espírito Santo, tua libertação chega até nós, vítimas de tantas formas de opressão. Amém!

Reflexão de Santo Antão (Padroeiro dos animais domésticos)

Reunião do grupo Amigos pela Fé foi um sucesso!

 Aconteceu mais uma reunião do grupo Amigos pela Fé! Moisés Ricardo (foto a direita), da Comunidade Jesus é Nossa Vida, foi quem animou a reunião!
Foram momentos de muito louvor!















(Moisés Ricardo animando a reunião)













Obrigado a todos que foram louvar a Deus conosco no Grupo Amigos pela Fé!










Lá fizemos o primeiro sorteio de uma Bíblia e quem ganhou a benção, isto é a Bíblia Sagrada, foi a Jéssica Maria Lima Melo (foto ao lado) da Av. Curua-úna, Prainha.





CONVIDO VOCÊ PARA A NOSSA PRÓXIMA REUNIÃO, QUE SERÁ DIA 5 DE FEVEREIRO, ÁS 20 H, NA RUA BELÉM, Nº 226, ENTRE AV. BORGES LEAL E ÁLVARO ADOLFO, BAIRRO DO SANTÍSSIMO. PONTO DE REFERÊNCIA, A VILA DO D.E.R..
NESTA OCASIÃO, SORTEAREMOS MAIS UMA BÍBLIA E O GANHADOR PODE SER VOCÊ! ESTOU TE ESPERANDO!

Conversão e seguimento (Evangelho do dia 26/01/2014)


Quando soube que João tinha sido preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e de Neftali, para cumprir-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região além do Jordão, Galileia, entregue às nações pagãs! O povo que estava nas trevas viu uma grande luz, para os habitantes da região sombria da morte uma luz surgiu”. A partir de então, Jesus começou a anunciar: “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo”. Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam no barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os chamou. Deixando imediatamente o barco e o pai, eles o seguiram. Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa-Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo. (Mt 4,12-23)



A luz brilhou e iluminou todo o povo oprimido
Encerrada a missão de João Batista, começa a missão de Jesus. É como se a história da salvação fosse dividida em dois períodos (cf. Lc 16,16). Ao texto de Marcos (Mc 1,14-15.16-20), Mateus acrescenta Is 8,3–9,1. A Galileia é iluminada pela presença de Jesus. A citação do trecho do livro do profeta Isaías, que inclusive temos como primeira leitura, no interior do texto de Mateus serve para indicar que a profecia de Isaías é realizada. Em Jesus, a promessa de Deus se realiza, não é preciso esperar mais (cf. Mt 4,17). O texto de Isaías é uma profecia messiânica. O ponto culminante do texto encontra-se num versículo mais adiante do trecho que nos é proposto, a saber, em 9,5, que anuncia o nascimento de um menino que é um dom de Deus e garantia da continuidade da dinastia davídica. Se a guerra cessou, se a luz brilhou e iluminou todo o povo oprimido, se foi devolvida a esperança e a alegria, é porque esse menino nasceu; a ele se atribui os títulos: “Conselheiro Admirável”, “Deus Forte”, “Chefe Perpétuo”, “Príncipe da Paz” (Is 9,5). A comunidade cristã que relê a Escritura à luz da Páscoa de Jesus Cristo reconhece nesse texto a profecia que diz respeito ao próprio Jesus. Nele eles identificam os atributos conferidos ao menino de Is 9,5.
O início do ministério público de Jesus está em continuidade com a pregação e o Batismo de João: trata-se de um apelo à conversão (cf. Mt 3,2; 4,17). A conversão é necessária para poder reconhecer e acolher o Reino de Deus como dom e que já se faz presente na pessoa de Jesus. No início de sua vida pública, Jesus associa a si um grupo que ele chama por sua própria iniciativa. A tarefa é dupla: acompanhar Jesus onde quer que ele vá e aceitar participar da missão de Jesus de arrancar as pessoas do mal (cf. Mt 4,19). A pronta resposta das duas duplas de irmãos revela, por um lado, o poder de atração de Jesus e, por outro, a necessidade de uma resposta sem demora. Para seguir o Senhor é preciso desapego, não permitir que os laços afetivos nem o apego às coisas impeçam de segui-lo incondicionalmente

OREMOS!
Pai, faze-me compreender que os pobres e os marginalizados são os destinatários privilegiados do Evangelho do Reino; para eles tua luz deve brilhar em primeiro lugar. Amém!

26 de Janeiro - São Timóteo (Santo do dia)

calendário da Igreja volta a homenagear Timóteo, agora juntamente com Tito, por terem ambos vivenciado toda a experiência de São Paulo, escolhendo por este motivo, o dia após a celebração da conversão do apóstolo. Os dois têm suas páginas individuais, destacando suas vidas. 


Um santo muito antigo, venerado há muitos e muitos séculos, morreu no ano de 97. Timóteo era o "braço direito" do apóstolo Paulo, seu grande amigo e companheiro, sendo considerado, ao lado do mestre, como o primeiro e corajoso pregador do cristianismo. Quase sempre evangelizaram juntos, mas por várias vezes, Paulo o mandou como representante, em quase todos os lugares importantes daquela época, enquanto ele próprio abria novos caminhos.

Timóteo nasceu em Listra, Ásia. Seu pai era grego e pagão, a mãe se chamava Eunice e era judia. Foi educado dentro do judaísmo. Assim, quando o apóstolo Paulo esteve naquela cidade, tanto sua avó, mãe e ele próprio, então com vinte anos, se converteram. A partir daí, Timóteo decidiu que o seguiria e nunca mais se afastou do santo apóstolo. 

Fiel colaborador de Paulo, o acompanhou em suas viagens a Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e Roma. Exceto quando ele o enviava para algumas missões nas igrejas que tinham fundado, com o objetivo de corrigir erros e manter a paz. Como fez em Tessalônica, com o seu aspecto de rapaz frágil. Porém "que ninguém despreze a tua jovem idade", lhe escreveu Paulo na primeira das duas cartas pessoais. E aos cristãos de Corinto o apresenta assim: "Estou lhes mandando Timóteo, meu filho dileto e fiel no Senhor: manterá em suas memórias os caminhos que lhes ensinei". 

Na Palestina, o apóstolo ficou preso durante dois anos e tudo indica que Timóteo foi seu companheiro nessa situação também. Mas ao final deste período, ele foi colocado em liberdade, enquanto Paulo era levado para Roma.

Quando Paulo retornou, por volta do ano 66, Timóteo era o bispo de Éfeso e, com este cargo, foi nomeado pelo apóstolo para liderar a Igreja da Ásia Menor. As epístolas de Paulo, à ele endereçadas, viraram pura literatura cristã e se tornaram documentos preciosos de todos os tempos, como leme e bússola para a Igreja. 
Mas, a sua morte nos ilustra muito bem o que era ser cristão e apóstolo naquela época. Durante uma grande festa onde era adorada a deusa Diana, Timóteo se colocou no centro dos pagãos e, tentando convertê-los, iniciou um severo discurso criticando e repreendendo o culto herege. Como resposta, os pagãos o mataram a pedradas e pauladas.

O apóstolo Paulo, escreveu a segunda carta a Timóteo estando de novo na prisão, a espera de sua morte: "Procure vir para junto de mim". Muitos, de fato, o haviam abandonado; o fiel Tito estava na Dalmácia; o frio o fazia sofrer e ele recomenda a Timóteo; "Traga-me o manto que deixei em Troadi".

Belíssima frase de Santa Inês!

Reflexão católica

24 de Janeiro - São Francisco de Sales (Santo do dia)

Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas

Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria. 

Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto. 
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja!

Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual. 

Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610.

Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte. 

Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual. 

Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.

Jesus constitui sua equipe de apóstolos (Evangelho do dia 24/01/2014)

Jesus subiu um monte, chamou os que ele quis, e eles foram para perto dele. Então escolheu doze homens para ficarem com ele e serem enviados para anunciar o evangelho. A esses doze ele chamou de apóstolos. Eles receberam autoridade para expulsar demônios. Os doze foram estes: Simão, a quem Jesus deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu (a estes ele deu o nome de Boanerges, que quer dizer "Filhos do Trovão"); André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus. (Mc 3,13-19)

Discipulos são enviados
É o terceiro relato de vocação no evangelho segundo Marcos (1,16-20; 2,13-14). Todos eles têm em comum o fato de que o chamado dos Doze é iniciativa de Jesus; são chamados, em primeiro lugar, para acompanharem (seguirem) Jesus e, em seguida, serem enviados por ele. A montanha, sem localização precisa, é, aqui, a “montanha de Deus” (cf. Ex 19,1ss), lugar da revelação de Deus e de seus desígnios. “Doze” evoca as doze tribos de Israel. Com isso Jesus, constituindo os Doze como apóstolos, visa todo o povo escolhido por Deus; a missão dos apóstolos está relacionada com a vocação do povo eleito de Deus. Ao mesmo tempo, a eleição dos Doze aponta para a perspectiva do novo povo de Deus, constituído não pela descendência do sangue, mas pela adesão à pessoa de Jesus. Os Doze partilham da vida do seu Mestre e, para a sua missão, recebem dele o poder de expulsar demônios. Essa expressão “expulsar demônios” equivale a “farei de vós pescadores de homens” (Mc 1,17). Efetivamente, é o mal que desfigura no ser humano a imagem de Deus e impede de acolher o Reino de Deus, já presente em Jesus, como dom; é o mal que impede o ser humano de ceder à atração de Deus. É ainda o mal que, enigmaticamente, habita o coração do homem feito à imagem e semelhança de Deus, escraviza o ser humano e o faz prisioneiro de suas próprias afeições desordenadas.

OREMOS!
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos. Amém!

23 de Janeiro - Santo Ildefonso (Santo do dia)

Segundo os escritos foi por intercessão de Nossa Senhora, a pedido de seus pais, que Ildefonso nasceu. Assim, o culto mariano tomou grande parte de sua vida religiosa, ponteada por aparições e outras experiências de religiosidade.


Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro. Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.

Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais. 
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.

Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.

Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos. 

Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.

O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.

Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das Tradições e Ritos da Igreja.

De todas as partes,uma grande multidão o seguia (Evangelho do dia 23/01/2014)

Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galileia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.  (Mc 3,7-12)

Comentário

Perspectiva universal da missão de Jesus
Trata-se de um sumário que, ao mesmo tempo, sintetiza e amplia a atividade de Jesus. Jerusalém não é o centro das atenções, mas a Galileia e, mais especificamente, a região do Lago de Genesaré. De todas as partes as pessoas acorrem a Jesus: da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até de Tiro e Sidônia (v. 8), além de uma grande multidão da Galileia (v. 7). Há, aqui, uma perspectiva universal da missão de Jesus: não somente os judeus, mas também os pagãos são atraídos pela fama de Jesus. Mas o que atraía essa numerosa multidão? O nosso texto genericamente responde: "quanta coisa ele fazia" (v. 8). Nessa expressão deve-se compreender o conjunto dos gestos e do ensinamento de Jesus. O sumário é, ainda, a ocasião de apresentar a agitação dos "espíritos imundos" que reconhecem o poder divino de Jesus pelo qual são e serão vencidos: "ele os repreendeu" (v. 12). Aparece ainda o tema marcano do segredo messiânico (v. 12: "proibindo que manifestassem quem ele era"), que já comentamos antes. 

OREMOS!

Pai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em meu coração.  Amém!

22 de Janeiro - São Vicente Pallotti (Santo do Dia)

Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.


Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde. Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.

Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs. Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.

Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária . Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.

Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização. 

O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo.

Outros santos e beatos:
Santo Anastácio, o Persa (†628) — mártir; passou de soldado do exército de Cosroe a monge, estabelecendo-se próximo a Jerusalém. Torturado por ser cristão, a seguir decapitado. Sua cabeça foi levada a Roma e conservada na igreja construída em seu louvor e também em honra do mártir espanhol são Vicente.
Santa Blesila (363-383) — viúva, filha de santa Paula, discípula de são Jerônimo.
São Britvaldo (†1045) — monge e bispo de Ramsburry.
São Domingos de Sora (†1031) — abade beneditino em Sora. Fundou diversos mosteiros.
São Francisco Gil de Federich (1702-1745) — mártir dominicano espanhol, missionário nas Filipinas, depois em Tonquim. Foi canonizado em 1988.
São Gaudêncio de Novara (337-418) — bispo. Nasceu em Ivrea; discípulo de Eusébio de Verceli, foi sagrado bispo por são Simpliciano. A ele se deve a construção da catedral de Novara, dedicada à Virgem.
São Mateus Afonso Leziniana — dominicano espanhol martirizado em Tonquim, em 1745. Canonizado em 1988.
São Vicente de Digne (†380) — africano, missionário na Savóia, bispo de Digne, venerado como padroeiro dessa cidade.

Centralidade do amor (Evangelho do Dia 22/01/2014)

Jesus foi outra vez à sinagoga. Estava ali um homem que tinha uma das mãos aleijada. Estavam também na sinagoga algumas pessoas que queriam acusar Jesus de desobedecer à Lei; por isso ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar o homem no sábado. Ele disse para o homem: 

- Venha cá! 
E perguntou aos outros: 
- O que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer? 
Ninguém respondeu nada. Então Jesus olhou zangado e triste para eles porque não queriam entender. E disse para o homem: 
- Estenda a mão! 
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Logo depois os fariseus saíram dali e, junto com as pessoas do partido de Herodes, começaram a fazer planos para matar Jesus. (Mc 3,1-6)

Jesus revela a face de Deus
Trata-se da última disputa nessa seção denominada de “controvérsias galileanas”. Uma vez mais, o objeto da controvérsia é o descanso sabático. Os opositores de Jesus estão sempre à espreita com intuito de pegá-lo e eliminá-lo (cf. 3,1.6). Efetivamente, a compreensão e a prática da Lei por parte de Jesus são tão desconcertantes que, para uma mentalidade da estrita observância da Lei, só há a certeza de que o outro está “fora da lei” e blasfema. Para um homem de fé, instruído na Lei, a alternativa vida ou morte não é sequer razoável (cf. Mc 3,4); ela contradiz a Lei cuja finalidade última é preservar o dom da vida e da liberdade. O silêncio dos opositores de Jesus diante da pergunta leva o narrador do evangelho a concluir que a resistência deles se devia à esclerocardia (= “dureza de coração” – v. 5). Esse fechamento extremo impede de reconhecer o tempo messiânico (cf. Is 35,3ss). O autor do evangelho antecipa o motivo da condenação e morte de Jesus (cf. Mc 3,6). Essa antecipação fez com que muitos comentaristas considerassem o evangelho de Marcos como um grande relato da paixão e morte do Senhor.

OREMOS!
Pai, sejam minhas mãos usadas somente para a prática do bem. Livra-me de mantê-las fechadas a quem precisa de minha ajuda, e de usá-las para fazer o mal. Amém!

A controvérsia do dia de sábado(Evangelho do dia)

Certo sábado, Jesus estava passando pelas plantações de trigo, e os discípulos começaram a abrir caminho, arrancando espigas. Os fariseus disseram então a Jesus: “Olha! Por que eles fazem no dia de sábado o que não é permitido?” Ele respondeu [...]. E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Desse modo, o Filho do Homem é Senhor também do sábado”. (Mc 2, 23-28)


Para Jesus, a pessoa tem prioridade. As coisas, os dias, inclusive o sábado, estão a seu serviço. Isto modifica a relação ou a escala de valores que se coloca no mundo. As coisas estão no seu justo lugar quando ajuda a pessoa humana ser conforme o Projeto de Deus. A lei está a serviço do bem.
Os bispos, em Aparecida, falaram de uma sociedade conforme a proposta de Jesus “A resposta a seu chamado exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (cf. Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus que come com publicanos e pecadores (cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e as crianças (cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos (cf. Mc 1,40-45), que perdoa e liberta a mulher pecadora (cf. Lc7,36-49; Jo 8,1-11), que fala com a Samaritana (cf. Jo 4,1-26).” (DAp 135).
Sinto-me uma pessoa próxima dos meus irmãos? Sensibilizo-me com as necessidades das pessoas? Como reajo ao ver tantos desabrigados pela chuva, sem casa, sem alimentos, num momento de dor pela perda de um familiar ou amigo?

21 de Janeiro - Santa Inês


O nome "Agnes", para nós Inês, em grego significa pura e casta, enquanto em latim significa cordeiro. Para a Igreja, Santa Inês é o próprio símbolo da inocência e da castidade, que ela defendeu com a própria vida. A idéia da virgindade casta foi estabelecida na Igreja justamente parase contrapor à devassidão e aos costumes imorais dos pagãos. Inês levou às últimas conseqüências a escolha que fez à esses valores. É uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304. 




Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. 

Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. A narração que nos chegou conta que o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava corteja-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou toma-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável.

Inês, segundo ele, fora denunciada e por isso teria de ser enviada para a prisão. Mesmo assim, ela nunca tentou se livrar da pena em troca do casamento que fora proposto em nome do filho do prefeito e muito menos negou sua fé em Cristo. Preferiu sofrer as terríveis humilhações de seus carrascos, que estavam decididos a fazê-la mudar de idéia através da força. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações à Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo, saindo de lá na mesma condição de castidade que chegou.

Cada vez mais a situação ficava fora do controle das autoridades romanas e o povo estava se convertendo em massa. Para aplacar os ânimos Inês foi levada ao Circo e condenada à fogueira, mas o fogo prodigiosamente se abriu e não a queimou. Assim, o prefeito decretou que fosse morta por decapitação a fio de espada, naquele exato momento. Foi dessa maneira que a jovem Inês testemunhou sua fé em Cristo. 

Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência.

Sua pureza martirizada faz parte, até hoje, dos rituais da Igreja. Todo ano, no dia de sua veneração, em 21 de janeiro, é realizada na Basílica de Santa Inês, fora dos muros do Vaticano, uma Missa solene onde dois cordeirinhos brancos, ornados de flores e fitas são levados para o celebrante os benzer. Depois os mesmos são apresentados ao Papa, que os entrega a religiosas encarregadas de os guardar até a época da tosquia. Com sua lã são tecidos os pálios que, na vigília de São Pedro e São Paulo, são colocados sobre o altar da Basílica de São Pedro. Posteriormente esses pálios são enviados à todos os arcebispos do mundo católico ocidental e eles os recebem em sinal da obediência que devem à Santa Sé, como centro da autoridade religiosa.

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Francisco e David Lima